Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo – Romeu Zema
Um dos poucos políticos que mantêm coerência e autonomia depois da escalada do arbítrio na Capital Federal, liderado por dois ministros em busca de vingança, um da Suprema Corte e outro da Justiça, declaradamente comunista, ambos a serviço do projeto de poder de um presidente que se diz democrata mas que não passa de um déspota cheio de ódio no coração, é o de Minas Gerais, Romeu Zema que hoje pela manhã defendeu justiça para os que seguem presos indevidamente em Brasília. O slogan da bandeira Mineira para quem não sabe é: “Libertas quae sera tamen” – lema da Inconfidência Mineira -, que significa “Liberdade ainda que tardia”
Na manhã desta segunda-feira (16) em entrevista a uma rádio Gaúcha, ele disse em alto e bom som que o governo Lula pode ter facilitado os ataques em Brasília para “se fazer de vítima”. Eu substituo a dúvida do verbo “pode” pela afirmativa do substantivo deverbal de ação “foi”, na terceira pessoa do singular, sem nenhum medo de estar sendo injusto ou leviano, e explico as razões do dedo apontado para os verdadeiros terroristas maledicentes.
Acompanhei ao vivo os trágicos acontecimentos na tarde do último domingo (8) logo nos primeiros minutos da chegada de manifestantes ao Congresso Nacional, não pelas câmeras da imprensa que em outra época honrava o privilégio do lugar de testemunha ocular dos fatos, mas por youtubers que estavam no olho do furacão, transmitindo ao vivo a verdade que vem, peremptoriamente sendo varrida para debaixo do tapete, na cara dura, para justificar tortura de inocentes em pleno século XXI, no Brasil.
O que Zema falou não é novidade para quem acompanhou atentamente os acontecimentos, e eu acompanhei sentado no sofá e percebendo a gravidade do que se apresentava. As imagens que circulam fartamente pelas redes sociais e estão sendo ignoradas pela imprensa, mostram que o “estouro da boiada” foi planejado e visava incriminar gente inocente. 99% das pessoas que estavam nas manifestações e hoje são acusadas criminosamente de “terroristas” ou “golpistas”, foram vítimas. Elas estavam ali pacificamente para ocupar a área externa e não para atacar os prédios.
Qualquer pessoa honesta, temente a Deus e sensata sabe que os responsáveis pela baderna estavam lá a mando de alguém. Não é preciso ser brilhante para deduzir quem os mandou para o serviço sujo que viria a ser a justificativa para prisões arbitrárias e até para campo de concentração que abrigou por 48 horas, crianças, idosos, enfermos e cidadãos cumpridores dos seus deveres que não cometeram qualquer ilícito. Zema e o Brasil não concordam com isso, ainda que o mantra seja o “samba de uma nota só” ensaiado e repetido exaustivamente: “golpistas/terroristas”.
É lamentável assistir o jornalismo brasileiro se prestar a papel tão sujo e covarde, sendo cúmplice da mentira e das armações levianas, revelando a sua fragilidade no que tange a percepção física dos acontecimentos. Os fatos mostram uma coisa, mas a narrativa impõe outra. O que o jornalista ativista tem feito nos últimos tempos é negar a realidade e repetir comandos que lhe são impostos por superiores comprometidos com projetos de poder, pessoas sem escrúpulos, moral republicana ou ética profissional. Refiro-me aos diretores de redação e produtores parciais.
Aliás, a mentira virou projeto de nação, uma espécie de religião da esquerda para dominar as massas e justificar abusos que são injustificáveis. Qualquer verossimilhança com modelo adotado por tiranos latinos como Nicolás Maduro, Raul Castro, Daniel Ortega e outros espalhados pelas Américas, não é mera coincidência, é apenas a consumação do que estava previsto quando os fins justificam os meios. Todos bebendo na mesma fonte, o Granmscismo.
O filósofo Alemão Friedrich Nietzsche dizia que o mundo é feito por dois tipos de pessoas, os que seguem suas próprias convicções e não tergiversam sobre injustiças; e as que seguem os desejos dos outros e as cometem em nome de outrem, com a justificativa de que cumpriam ordens. As primeiras são fortes e não obedece a ninguém se não a própria consciência. Zema se encaixa perfeitamente nesta categoria de indivíduos, e vem demonstrando diuturnamente sua grandeza de espírito.
Já as outras são débeis, fazem aquilo que os outros dizem e que os outros fazem, algumas com a desculpa de que precisam sobreviver e ganhar o pão de cada dia, por isso admitem as ideias da maioria, exemplo perfeito para qualificar jornalistas que se julgam impedidos de exercer a profissão com ética, apenas por que precisam garantir empregos. Não custa lembrar que na Alemanha Nazista, a fragilidade das pessoas, incluindo os da imprensa, que repetiam a propaganda nazista, foram participes e cúmplices do horror, muitos sem nenhum sentimento de culpa.
O governador de Minas faz uma análise responsável e adulta do que aconteceu de fato e não o que está sendo construído pelas forças do mal que assumiram o controle do país e se divorciaram da ética. Ele mostra que a quebradeira foi uma forma encontrada pelo governo de Lula, “se fazer de vítima”. A narrativa de que ele é apoiador de Jair Bolsonaro é uma tentativa de desqualificá-lo, embora Zema não passe pano para mal feitos. Ao contrário, é justo ao reconhecer que radicais, sejam eles bolsonaristas ou petistas infiltrados, precisam ser identificados e punidos. As generalizações, no entanto são atos de barbárie talvez maiores do que os próprios atos perpetrados contra a democracia.
As falas de Zema que não agradaram a militância do jornalismo autômato a serviço da mentira
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, vaticina Zema. Ele foi o único a criticar o afastamento de Ibanes, governador do Distrito Federal, dizendo que a decisão do STF foi “prematura, desnecessária, injusta e arbitraria”.
Zema disse ainda: “Você confundir um cidadão de bem com um depredador é erro gravíssimo. Que se puna essas pessoas que fizeram o vandalismo. Agora, estender isso a esses que estão se manifestando de forma ordeira, é uma situação muito distinta”, fala que os sindicalistas travestidos de jornalistas distorcem para dizer que o governador trata “golpistas” como manifestantes pró-democracia. Os mesmos teleguiados que negam a fraude, embora ela esteja escancarada ao se negar uma auditagem que mostraria a verdade sobre as urnas.
O governador mineiro foi o único com coragem e personalidade para se distanciar do “samba de uma nota só” que tomou conta da opinião pública brasileira influenciada por aqueles cuja missão é relatar fatos e não emitir opiniões, os que perderam a vergonha na cara e hoje militam no lugar de exercer a profissão de jornalista com ética, bando de sindicalistas a serviço da causa socialista, que se não iguais, são piores do que os algozes que sustentam prisões arbitrárias e ilegais de gente inocente.
José Aparecido Ribeiro é jornalista
Fonte: https://zeaparecido.com.br/blogueiros/zema-pede-investigacao-e-justica-para-manifestantes-tratados-como-terroristas-indevidamente-em-brasilia/