A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que as economias emergentes, incluindo o Brasil, precisarão ser ágeis, adaptáveis e resilientes para enfrentar os desafios futuros. A declaração foi feita durante um evento da organização na Arábia Saudita, neste domingo (16).
Georgieva destacou três áreas fundamentais que exigem atenção redobrada: inflação, dívida e a implementação de reformas estruturais para melhorar a competitividade. Segundo ela, essas questões serão determinantes para garantir o crescimento sustentável das economias emergentes.
A diretora do FMI também mencionou a nova administração dos Estados Unidos, que já indicou sua intenção de adotar medidas significativas nas áreas de comércio, impostos, gastos, desregulamentação, imigração e ativos digitais. “Estamos em um momento de grandes transformações na economia global, criando um ambiente mais desafiador e incerto para os formuladores de políticas em todo o mundo”, afirmou.
Para Georgieva, a valorização do dólar americano representa um risco para os mercados emergentes, podendo gerar saídas de capital e complicar a condução da política monetária. No caso do Brasil, que já enfrenta desafios relacionados à inflação e ao equilíbrio fiscal, esse cenário reforça a necessidade de medidas eficazes para garantir a estabilidade econômica.
A dirigente enfatizou que os países emergentes precisarão adotar estratégias ágeis para mitigar riscos e fortalecer suas economias. Para isso, será essencial que governos implementem políticas que garantam estabilidade macroeconômica e incentivem a inovação e o crescimento sustentável.
Foto: Fabrice Coffrini
Fonte: https://www.novojornal.com.br/