Baiana de Salvador, ela comenta as ilegalidades cometidas pelo STF nos inquéritos abertos a partir de 2019 e diz que a única solução está no povo na rua e na mobilização do Senado
Crítica do Poder Judiciário desde que ocupou o cargo de corregedora Nacional de Justiça, entre 2010 e 2012, Eliana Calmon, ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), não perdeu o foco. Mais do que continuar pedindo transparência do Judiciário, agora seu descontentamento é com o poder crescente e desenfreado do Supremo Tribunal Federal (STF), uma Corte que hoje “tem a nação nas mãos” porque decide “desde briga de vizinho até dissidência entre Poderes”.
No alvo da ex-ministra — a primeira mulher a assumir uma vaga no STJ, em 1999 — estão as ilegalidades cometidas nos inquéritos abertos a partir de 2019 e até hoje não concluídos e os “processos kafkianos” do 8 de janeiro. Ela também demonstra perplexidade com a “decisão política” dos ministros do STF de sepultar a Lava Jato, maior operação de combate à corrupção do país.
FONTE: https://revistaoeste.com/revista/edicao-193/eliana-calmon-ministra-aposentada-do-stj-o-supremo-tem-a-nacao-nas-maos/