Líderes de partidos estimulam o surgimento de sucessores. Chefes de seita não deixam herdeiros
“Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026”, recitou Fernando Haddad em recente entrevista à Folha. “É uma coisa que está bem pacificada, não se discute”, enfatizou o ministro da Fazenda. Aos 79 anos, completados em outubro, Luiz Inácio Lula da Silva acaba de superar Michel Temer no ranking dos mais idosos ocupantes do cargo. Mais um ano e se terá transformado no primeiro octogenário a governar o país.
É pouco, acham Haddad, os demais sacerdotes e todos os devotos que enxergam num ex-presidiário seu único deus — além do que o ministro chama de “base aliada”. O que será isso? A expressão inclui os órfãos do Muro de Berlim pendurados nos cabides de empregos públicos? As siglas nanicas que orbitam em torno da estrela vermelha e se juntam ao PT nos anos eleitorais para cumprir ordens do comandante vitalício da autodenominada esquerda brasileira? Fazem parte da base as porções do centrão contempladas com ministérios, verbas ou empregos? Difícil saber.
Fonte: https://revistaoeste.com/revista/edicao-198/o-lulismo-vai-morrer-com-lula/